Festival F de Fantástico

festival f 2015-22Durante dois dias (4 e 5 de setembro) a “cidade velha” ou “vila adentro” da cidade de Faro viveu a segunda edição do festival F. F que podia ser de Faro, mas que pode muito bem ser de Fantástico.

O festival que, logo na primeira edição, ganhou o selo “EFFE – Europe for Festivals, Festivals for Europe”, confirmou as expetativas para este ano. Ou melhor, superou as expetativas dos farenses para este ano. Na primeira edição – o “ano zero”, como o presidente da câmara Rogério Bacalhau apelidou – apesar de ter corrido bastante bem, teve alguns comentários e sugestões, entre elas, a falta de espaço físico para um cartaz com tantos nomes prestigiados da música portuguesa. Neste ano, a organização merece o aplauso por ter melhorado este (e outros) aspetos, tornando-se difícil apontar defeitos significativos a este festival que já marca o final de verão da região.

Um cartaz de luxo a preços bastante acessíveis, um espaço invejável, 30 concertos, 6 palcos, exposições, espaço kids, espaço cultural, festival de street food onde se podia experimentar desde a bifana XL ao hamburguer gourmet, terminando com um crepe verdadeiramente francês ou um gelado feito na hora com nitrogénio.

Festival F

Logo na primeira noite, passaram por lá cerca de 8500 pessoas. O palco “grande” – o novo palco muralhas – um espaço que em tempos já foi o conhecido espaço das semanas académicas “país das maravilhas”, recebeu os maiores nomes da noite: António Zambujo, David Fonseca e o farense Diogo Piçarra. Deste último, pela proximidade com o público, destacou-se na sua genuinidade, prova de que é um grande artista com uma grande voz. Não defraudou as expetativas de quem já conhece o cd e ofereceu um concerto que terá sido, também para ele, especial.

Na segunda noite, os nomes mais aguardados eram Deolinda, Carlão, Rita Redshoes ou Manuel Cruz, entre outros. Várias enchentes para vários concertos, com os Deolinda a presentearem o público com um fogo de artifício surpresa sincronizado com a sua última música, levando o público ao delírio.

Outros palcos foram pequenos para outros nomes, D’Alva, Sara Paço ou Virgem Suta.

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De resto, tantos outros atuaram nestes dois dias de festa: Linda Martini, Márcia, Mónica Ferraz, Moullinex, Paus, Norberto Lobo, Filho da Mãe, Xinobi, João Lum The Miranda’s, We Trust, Mazgani, Peixe, Riot, Orblua e Mopho.

Difícil foi escolher o que se quer “ouver”, tanta é a oferta, muitas vezes sobreposta.

Reportagem de Paulo Sopa e Ana Horta (Texto e Fotos)

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