Elixir do Amor no Trindade, em Lisboa

O Teatro da Trindade, em Lisboa desde sempre foi considerado um teatro de características populares e, um exemplo disso é a encenação de óperas em português, como a que agora está em cena, na Sala Principal, até ao dia 19 de Outubro – O Elixir D’Amor, de Gaetano Donizetti.

A ópera cómica, encenada por Maria Emília Correia e com versão portuguesa do maestro Nuno Corte Real, encerra as celebrações dos 140 anos do Teatro da Trindade em Lisboa, seguindo depois em digressão para o Porto, Caldas da Rainha, Guimarães, Faro e Alcobaça.

O Elixir D’ Amor foi escrita em 1832 e, conta a estória de Nemorino, um camponês pobre e tímido, que morre de amores por Adina, uma bela proprietária rural, que está interessada no sargento Belcore, o que desespera o pobre apaixonado.

Sem saber mais o que fazer, Nemorino recorre a um “doutor” ambulante, Dulcamara, que lhe vende uma poção mágica para beber – o “elixir do amor”, com a promessa da sua amada se apaixonar por ele.

Depois de tomar a poção, estranhas coisas começam a acontecer ao jovem e, a ser perseguido por todas as jovens à sua volta, inclusive pela sua apaixonada, em vésperas de casamento com o sargento fanfarrão, o que o levam a acreditar nos poderes da tal bebida.

Num jogo entre as ilusões e a realidade, a verdade e a mentira, o amor vai passar por várias provas para poder provar se é verdadeiro ou não e então, poder encontrar o seu final feliz.

A ópera, que dura cerca de duas horas e meia, é totalmente em português e apresenta nos principais papéis, Carla Caramujo, João Cipriano Martins, Diogo Oliveira, Nuno Dias e Alexandra Moura. A acompanhar os cantores, o Coro de Câmara Lisboa Cantat e a Orquestra do Algarve.

Uma produção alegre, cheia de ironias e subtilezas, numa encenação moderna e divertida, bem ao estilo de Maria Emília e ao gosto dos espectadores.

Para ver, de quarta a sábado às 20 horas e domingo às 18 horas, na Sala Principal do Teatro da Trindade, ao Chiado, em Lisboa.

por Elsa Furtado


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