E é pelo Cairo, tida como a maior cidade do mundo árabe e de África, com cerca de 7.947.121 habitantes, entre muçulmanos, cristãos coptas, e imigrantes, que começa a nossa viagem por este país exótico e atualmente a fervilhar por mudanças.
Tal como é habitual numa cidade destas dimensões, o Cairo é caótico, uma característica que faz parte do seu charme natural. Andar no trânsito aqui não é fácil, quer seja a pé ou de carro, mas vale a pena a experiência. A descoberta deste lado do mundo começa bem cedo, pois o calor também se começa a fazer sentir logo ao princípio da manhã, assim, recomendamos começar as visitas pelas pirâmides de Gizé, onde não há zonas para nos abrigarmos do intenso sol africano.
Este é um dos complexos mais visitados do mundo, e também um dos locais mais bem vigiados do Cairo atual, é aqui que se encontram as famosas pirâmides de Kheops, Kefren e Micerinus, e que ainda podem ser visitadas por dentro, apesar de se encontrarem vazias, desde a data da sua descoberta. É neste complexo que também fica a famosa esfinge – Abu el – Hol, metade leão metade homem, com 17 m de altura e 39 m de comprimento, construída por volta de 2465 a.C. (durante o reinado de Kefren) e consagrada a Ra – o deus do sol.
Saímos daqui e continuamos a viagem pela História do Antigo Egito no Museu do Cairo. Este é um dos museus mais famosos do mundo, construído em 1901, ainda hoje a imponência e grandiosidade do seu edifício impressionam o visitante. Guardados entre as suas paredes estão alguns dos mais famosos e valiosos tesouros da cultura egípcia, como a famosa máscara fúnebre de Tutankhamon, as estátuas da rainha Tye e de Amenhotep III, uma cópia da famosa Pedra de Roseta, a Sala das Múmias (cujo acesso é feito com um bilhete à parte), entre muitas outras preciosidades.
Apesar de ser um dos museus mais famosos do mundo, convém advertir o visitante que este importante elemento cultural há muitos anos que se encontra parado no tempo, quer na forma de expor as peças, na iluminação, na legendagem, entre outros aspetos, sendo a única zona moderna, a sala das múmias, talvez por isso, esteja prevista a construção de um novo museu nos próximos anos, a poucos quilómetros das pirâmides. Recentemente, durante as manifestações na praça Tahir, onde fica o museu, este foi alvo de um assalto durante o qual roubaram 18 peças, faltando apenas recuperar quatro até à data
Saindo do museu partimos à descoberta da cidade, o bazar Khan El-Khalili, um dos mais famosos do mundo árabe, é paragem obrigatória, aqui pode-se encontrar de tudo um pouco nas várias lojinhas espalhadas pelas ruas estreitas. Pedras preciosas, antiguidades, especiarias, recordações, jóias, instrumentos musicais, os famosos lençóis em algodão egípcio, entre tantas outras coisas. A multidão de vendedores de palmo e meio, que se acercam do visitante e não largam é uma das características que dão vida a este espaço.
Se puder, não deixe a cidade sem antes visitar a Cidadela de Saladino, fundada em 1176 e vislumbre a “Cidade dos Mortos”, uma das necóples mais famosos do mundo e onde moram cerca de 800 mil pessoas, em condições de extrema pobreza.
Emblemático por estas paragens é também o Nilo, o rio que atravessa grande parte do país, com 6 500 km de extensão, sendo um dos maiores do mundo e que tem a particularidade de nascer a sul e desaguar a norte no Mediterrâneo, ao contrário dos outros rios, um cruzeiro no Nilo é um dos pontos altos de uma viagem ao Egito.
Para além da tranquilidade da navegação nestas águas, as paragens com visitas aos diversos templos, monumentos e cidades escondidas ao longo das margens do Nilo são uma verdadeira aventura, que pode demorar vários dias.
Começamos o cruzeiro em Luxor, onde ficam o imponente Templo de Luxor e o grandioso Karnak, entre os dois, uma alameda de esfinges, que está atualmente a ser desenterrada e recuperada.
Segue-se o Vale dos Reis, onde estão enterrados alguns dos mais importantes e conhecidos faraós do Egito Antigo, aqui, a visita tem que ser feita logo ao amanhecer, pelas 7h00, por causa do calor abrasador. Os grandiosos Colossos de Nemon são outro ponto de visita a não perder.
Numa das paragens seguintes, a visita é ao templo de Edfu, o mais bem conservado de todo o país, e depois o impressionante Kom Ombo, dedicado ao deus crocodilo, uma das muitas divindades do Antigo Egito e cujos hieróglifos nos descrevem como era a medicina naqueles tempos. Pelo meio, as crianças e os vendedores ambulantes são uma constante, que não deixam de impressionar o visitante.
Para quem quiser prolongar o período de descanso, sugerimos uma ida até uma das várias estâncias de praia no Egito. Hurghada com “areia fina” e Sharn el Sheik com “areia vermelha”, cada uma na sua ponta do país, de águas límpidas, azuis e quentes são as sugestões. Em qualquer uma das regiões são várias as atividades de diversão, com destaque para o mergulho e observação de peixes durante o dia, e uma ida às compras, no mercado tradicional na zona velha de qualquer uma das cidades à noite.
Para terminar em grande uma viagem pelo país dos faraós, aconselhamos a assistir a um nascer ou pôr-do-sol, em pleno Mar-Vermelho, vai ver que é algo inigualável e que não vai esquecer jamais.
Informações Úteis
Como ir: São vários os operadores portugueses atualmente com programas para o Egito, destacamos o charter do operador Travelers, ou com a Egyptair
Língua: Árabe, inglês
Moeda: Libra egípcia
Horário: + 2 horas que em Lisboa
Documentos Necessários: Passaporte e Visto
Como ir: De avião para o Cairo via Roma com a Egyptair, Paris, Londres ou Milão
O C&H viajou para o Cairo e Sharm el Sheik a convite do operador Travelers e para Luxor e Cruzeiro no Nilo a convite do operador Beautyillage Tour