O comissário da exposição é António Pedro Mendes, que define as obras como representações do “encarreirar/pensar/divagar com que vamos tecendo os dias neste percurso a que se chama vida”. Os artistas presentes são Carla Cabana, Jorge dos Reis, Mariana Marote e Pinto Martinho da Silva. Foram escolhidas por serem capazes de dar a conhecer ao espectador os “pensamentos dispersos e as reflexões (divagações) que invadem cada indivíduo, enquanto anónimo, mal entra num autocarro ou eléctrico”.
Mariana Marote inspira os visitantes a criarem um novo final a um aparentemente já existente, mostrando que há sempre novas perspectivas, novos percursos, novas paragens. Jorge dos Reis revela estranhas palavras, levando o visitante a reflectir sobre o motivo de tanta informação. O vídeo da artista Carla Cabanas mostra que “cada pessoa, ao desenhar um mapa imaginário para ir de um ponto “a” a um ponto “b”, não está mais do que a desenhar as suas próprias convicções do mundo” explicou o curador.
As telas de cores quentes de Pinto Marinho da Silva transportam os visitantes, para todos os sítios ou para lugar nenhum. Questionar, questionar, questionar!?
A Galeria do Museu da CARRIS situa-se no complexo da CARRIS de Santo Amaro, em Lisboa. Está aberta todos os dias das 10h00 às 17h00, excepto ao domingos e feriados.
Texto de Clara Inácio