Crato dia 1: Festival aposta na música nacional para adornar os saberes e os sabores tradicionais

Reportagem de Vânia Marecos 

Arrancou mais uma edição do Festival do Crato – 28ª Feira de Artesanato e Gastronomia, com muita animação na agenda: Amor Electro, Boss AC, Sétima Legião e Buraka Som Sistema, são as cabeças de cartaz ao longo de quatro dias de festival.

Pelas 19h00 João Teresa Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal do Crato inaugurou a feira de exposições ressalvando a importância deste certame na promoção e divulgação da cultura e tradições locais e enaltecendo o lugar de destaque deste festival no universo musical nacional. A abertura oficial contou ainda com a presença do Presidente do Turismo do Alentejo, António José Ceia da Silva, e com a Filarmónica do Crato, que viria a atuar ao início da noite no palco principal.

A Feira conta com uma área diversificada que reúne artes tradicionais, exposições, produtos regionais, espaço infantil e ainda uma variada oferta gastronómica que inclui dois restaurantes oficiais, no interior do recinto, que oferecem uma ementa regional completa por um preço fixo de 14 euros (sem bebidas).

Pelas 22h00 subiu ao palco a Filarmónica do Crato sob a direção do maestro Humberto João de Oliveira Damas. Para além dos tradicionais temas interpretados por bandas filarmónicas, a atuação contou com alguns Medleys que reuniram músicas não tão habituais nestes reportórios, como Queen ou Quinta do Bill.

Numa edição que aposta na produção musical nacional não poderia faltar uma representação do fado e Mafalda Arnauh foi a próxima a entrar em palco, acompanhada dos seus músicos. “Lusitana” foi o tema de arranque numa atuação que contou ainda com “Triste Sina”, “Mariquinhas vai à fonte” ou “Vira da Minha Rua”, numa celebração do fado tradicional com um ar renovado.

O pop eletrizante dos Amor Electro foi responsável por uma hora e meia de boa música com Marisa Liz a revelar-se uma verdadeira maquina estimulando o público ao longo de toda a atuação com os impulsos dos movimentos comandados pela sua voz.

Para além dos originais de “A Maquina (acordou)” ou “Rosa Sangue”, cujas letras já são cantadas sem hesitação por todos, os restantes temas do alinhamento são também do conhecimento da plateia, pois tratam-se de versões de clássicos pop como é o caso de “Foram cardos foram prosas” ou “Sete Mares”, este último dos Sétima Legião, banda que também irá passar por este palco ainda no decorrer deste festival.

Os Amor Electro, que começaram como uma banda de covers, estão cada vez mais a tornar-se uma referência na música portuguesa pela sua originalidade que esta á a ser muito bem recebida pelo público como pode ser comprovado pelo concerto desta noite.

A animação continuou com o After Hours com a atuação do DJ Ricardo Lino.

Como balanço da noite da abertura ficam os números: 10 000 pessoas passaram pelo Festival do Crato, vindas das mais diversas proveniências e com um leque de idades bastante variado.

 

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