Cornucópia estreia em Setembro “Ifigénia na Táurida” de Goethe

A peça Ifigénia na Taúrida estreia no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, no dia 24 de Setembro, e assenta no trabalho de cinco actores, entre os quais se destaca Beatriz Batarda, que regressa à Cornucópia para interpretar o papel titular desta peça de Goethe, dirigida por Luis Miguel Cintra.

A história decorre no fim do século XVIII, momento de grandes transformações IFIGENIApolíticas e culturais na Europa. Goethe, apaixonado pela cultura grega da Antiguidade, volta a trazer para o teatro a história de Ifigénia, a filha de Agamémnon e Clitemnestra que Diana salvou da morte quando o pai a queria oferecer em sacrifício. Muitos anos viveu Ifigénia na Táurida como sacerdotisa de Diana, depois de para ali ter sido trazida pela deusa.

A peça conta o dia em que seu irmão Orestes, perseguido pelas Fúrias depois de vingar a morte do pai assassinado a sua mãe, chega com o amigo Pílades a essa terra de bárbaros, resgata a sua irmã do poder do rei Toas e regressa à Grécia para limpar a sua geração da maldição divina. Com a sua revisão do mito antigo, Goethe questiona em versos belíssimos o conceito de humanidade, a relação dos homens com os deuses, a tensão entre a ideia de destino e a liberdade, a condição das mulheres, e a própria noção de soberania política.

É a defesa da paz, de uma nova ética, do equilíbrio do sentimento com a razão, de nova harmonia nas relações humanas, e de uma renovação das consciências. Frederico Lourenço recriou a peça de Goethe para o Teatro da Cornucópia na sequência da encenação pela companhia da sua recriação de Don Carlos de Schiller, contemporâneo e amigo de Goethe.

Foto Elenco - Ifigénia na Táurida

Com Beatriz Batarda no papel principal, Luis Miguel Cintra, concilia o papel de encenador, com o de rei Toas, enquanto Orestes será Paulo Moura Lopes e Pílades Vítor de Andrade, José Manuel Mendes será Arcas, o mensageiro do rei.

O cenário e figurinos são da responsabilidade de Cristina Reis, enquanto o desenho de luz estará a cargo de Daniel Worm D’Assunção.

A peça vai estar patente ao público até 1 de Novembro, de terça a sábado às 21h30 e aos domingos às 16 horas.

Os bilhetes custam 15 euros para os adultos,e 7,50 euros para os estudantes, jovens com menos de 25 anos e para maiores de 65 anos.

Por Cristina Alves
Imagens: Teatro da Cornucópia
Artigo anteriorExposição "Amália no Mundo – O Mundo de Amália" patente no Panteão Nacional
Próximo artigo“Último Tango” estreia a 1 de Setembro no Casino de Lisboa

Leave a Reply