Foi entre aplausos que o “rei do charme” nacional entrou em palco e interpretou temas como “Nasceu Assim”, “Canção Grata” e “Júlia Florista”. Num dos primeiros momentos em que se dirigiu ao público, Carlos do Carmo propôs um concerto diferente, com fados antigos, mas menos conhecidos, daqueles que as pessoas raramente o ouvem cantar, e foi com a concordância dos fãs, que ele seguiu numa viagem pela história do fado e pela sua discografia.
“Alexandrino”, “Margaridas”, “Eu Canto” foram os temas que se seguiram, depois, num dos primeiros momentos emocionantes da noite convidou para tocar consigo o seu neto Sebastião, e em conjunto interpretaram “Um Homem na Cidade”.
Seguiu-se o mestre e companheiro de vários anos de estrada, José Maria Nóbrega subir ao palco. Com ele ouviram-se “Duas Lágrimas de Orvalho” e o velhinho fado CUF.
Depois de “Vianinha”, António Serrano entrou em palco e juntos deram nova interpretação a temas como “Gaivota”, “Ultramar” e Bailado”.
Para o fim ficaram gurdados os legendários “Canoa do Tejo” e “Lisboa Menina e Moça”, que contaram com o coro do público, embora sempre meio tímido.
A fechar a noite, uma homenagem sentida ao amigo e companheiro Bernardo Sassetti, recentemente falecido – “O Sol” foi o tema escolhido, tirado do cancioneiro popular açoreano, num momento em que as lágrimas não se fizeram rogar.
E foi com o “Fado Mayer”, que Carlos do Carmo e os seus convidados se despediram do público, deixando um agradável som no ar e a prova que o fadista continua senhor de uma grande voz e de uma forte presença em palco. O fado regressa no próximo dia 29, a anecerrar o festival, com a presença e a voz de Mariza – outro grande nome do Fado e do panorama musical nacional.