Carlão, Resistência e Richie Campbell a Abrir o Festival O Sol da Caparica

soldacaparica01_01Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva

Foi um ambiente muito familiar que voltámos a encontrar no primeiro dia da segunda edição de O Sol da Caparica. Pais e filhos encontram interesse neste cartaz e ainda que os momentos não sejam coincidentes, permite que venham em conjunto até ao recinto e saiam de lá visivelmente satisfeitos. O regresso de Carlão, agora em nome próprio, foi um dos momentos altos da noite, assim como, mais cedo, os Resistência permitiram recordar grandes êxitos da música portuguesa.

Antes da rave party de DJ Marfox, Richie Campbell pôs toda a gente aos saltos, como o próprio anunciou em missão de evangelização pela música da Jamaica. De acordo com a organização, nesta primeira data, entraram 18500 pessoas no recinto.

Às 19h00 e ainda só com um palco a funcionar o recinto era já um mar de gente. Dengaz é ídolo dos mais jovens e não era por isso de estranhar a quantidade de pequenos admiradores empoleirados nas cavalitas dos pais que afinal, são presença útil nos festivais! Se é verdade que os festivaleiros tiram selfies por todos os cantos, não deixa de ser interessante reparar que quase todos os artistas querem também registar a passagem por estes palcos nas suas redes sociais e pedem um sorriso coletivo à moldura humana antes de se retirarem. Dengaz foi um deles.

Neste festival da música cantada em português cabem todos os tipos de ritmos. Assim, o palco principal abriu, neste primeiro dia, com o fado de Camané. Presença pouco habitual em festivais, e até que um pouco deslocado do seu ambiente, cantou algumas músicas do seu novo trabalho, “Infinito Presente”. No entanto, a concentração de pessoas continuava a ser maior no outro palco, onde os HMB davam um bom groove. “Feeling”, “Não Me Deixes Partir”ou “Super Ego” foram alguns dos temas que tocaram.

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Concertos em simultâneo, a começar exatamente à mesma hora, obrigam a escolhas e pela hora do jantar tínhamos Resistência no palco maior numa viagem pela história da música moderna portuguesa, nas versões de Xutos, Delfins, Rádio Macau ou mesmo Zeca Afonso vs The Legendary Tigerman numa grande lição de música pura e dura!

A noite seguiu com um grande concerto de Carlão. A jogar em casa, trouxe a emoção logo desde o início ao anunciar que a família estava presente. Ao público, agradece “todo o amor e todo o calor de sempre”. Já todos conhecem bem “Quarenta” o seu disco de estreia em nome próprio e acompanham as letras do princípio ao fim. “Entre o Céu e a Terra”, “Colarinho Branco” e um gigante coro no final para “Os Tais”.

Enquanto isso, António Manuel Ribeiro e a sua banda ameaçam não abandonar o palco, enquanto o público ali estiver com eles! “A Minha Geração”, “Na Tua Cama” e sem deixar de passar pelos “Cavalos de Corrida”, “Menina Estás à Janela” ou “Rua do Carmo”, os UHF mantém o seu próprio espaço no panorâmica musical nacional.

Marcelo D2 foi uma espécie de aquecimento para o reggae man português. Ainda assim, o rapper brasileiro conseguiu grande mobilização para o tema “Desabafo”, a música que contém samples da canção “Deixa eu Dizer” de 1973, interpretada pela cantora Cláudia. Trouxe muitos convidados para o palco, entre eles, Dengaz.

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Richie Campbell é o grande embaixador da música jamaicana e cumpriu o seu papel nesta campanha de divulgação, ao deixar todo o recinto a pular ao som do seu reggae. São poucas as pausas que faz, intercalando os seus temas, com outras versões facilmente reconhecidas, como “Turn Your Lights Down” de Bob Marley ou “Ain’t no Sunshine” de Bill Withers. “Love is an Addiction”, “Best Friend” e “That’s How We Roll” não podiam faltar neste alinhamento de festa.

A noite fechou com a música eletrónica do DJ Marfox.

As portas do recinto voltam a abrir hoje às 16h00 e por lá vão passar Paulo Gonzo, Jorge Palma, Tim e Vitorino & Son Habanero entre outros.

Os bilhetes encontram-se à venda nos locais habituais e custam 15 euros (dia). As crianças não pagam até aos 6 anos.

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