Reunindo talha e azulejo, a Capela das Albertas apresenta-se como um dos maiores expoentes do Barroco português. A sua recuperação, agora acordada, “é essencial para repor finalmente a integridade do circuito de visita” do espaço museológico lisboeta.
Já a sala D. Manuel, antiga Igreja do Convento da Madre de Deus, deverá ser transformada, após a intervenção, num centro interpretativo da história do espaço religioso, agora ocupado pelo Museu do Azulejo. Resultado das obras levadas a cabo no séc. XIX sob o traço de José Maria Nepomuceno e Liberato Telles, o local foi azulejado, vendo o seu teto rebaixado e decorado à “maneira revivalista do ‘neomanuelino’”.
A atividade de mecenato cultural da Fundação Millennium BCP foi também fundamental para o restauro do Altar de Santo António no Convento da Madre de Deus. Inserido na Capela dedicada ao padroeiro de Lisboa, o altar em talha dourada, já apresentado após a intervenção a que foi sujeito nos últimos meses, apresenta-se como um dos elementos arquitetónicos e escultóricos de maior expressividade do Barroco vigente durante o reinado de D. João V, na primeira metade do séc. XVIII.
Texto de Alexandra Gil