Bowie 70 foi o mote da conversa conduzida por Nuno Galopim, jornalista, este domingo, no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém. No dia em que David Bowie celebraria o seu aniversário, se fosse vivo, algumas figuras nacionais que acompanharam a vida e obra do artista, recordaram as suas facetas mais importantes.
David Fonseca, que está prestes a lançar um álbum de versões de Bowie juntou à conversa alguns momentos musicais que deixaram a plateia em êxtase. A sala lotada ouviu versões acústicas de “Mordern Love”, “Lazarus”, “Absolut Begginers”, “Let’s Dance” e “Heroes” a fechar. Camané, Ana Moura, Anabela Azevedo, Rui Reininho, Tiago Bettencourt, Áurea e Marta Ren são alguns dos nomes que vão fazer parte desta coletânea, que vai estar à venda no dia 17 de fevereiro.
A sessão abriu com o visionamento do videoclip “Is There Life in Mars” e na mesa sentaram-se, para além de Nuno Galopim e David Fonseca, João Lopes (crítico de cinema), Xana (Rádio Macau) e David Ferreira (antigo editor).
O tom informal da conversa tocou a pluralidade de imagens e personagens que David Bowie criou bem como o tecido sonoro criado pelo artista que marcou os anos 80. Cada um dos convidados falou sobre a sua relação com a música e de como lidaram com as diferentes fases de Bowie. Incontornável foi o assunto da morte, precoce na opinião de todos, do cantor. Associando a outros artistas que partiram recentemente, foi ainda debatido o facto de a morte levar as pessoas a procurar descobrir os artistas.
Nuno Galopim abriu um parêntesis para dar sugestões livros recentemente editados sobre David Bowie, que retratam o relacionamento pessoal dos autores com o artista. O Cinema e as participações de Bowie enquanto ator, mas também na construção de bandas sonoras passou por esta conversa, com o visionamento de excertos de filmes.
Esta é a terceira edição da iniciativa conversa concerto que Nuno Galopim dinamizou no Centro Cultural de Belém. Bob Dylan e Frank Sinatra foram os artistas visados em sessões anteriores.