Beja, a cidade dos contos entre 30 de agosto e 2 de setembro

Beja volta a converter-se na “cidade dos contos” durante a 12.ª edição das “Palavras Andarilhas”, um festival diferente que, entre 30 de agosto e 2 de setembro se foca na promoção da leitura, da narração oral e da literatura, através de dezenas de iniciativas como conferências, oficinas, exposições, tertúlias e outras atividades coletivas de mediação da leitura.

O encontro é promovido desde 1999, pela Câmara Municipal de Beja através da Biblioteca Municipal José Saramago e pela Associação para a Defesa de Património da Região de Beja, tendo passado, a partir de 2008, a decorrer de dois em dois anos.

Descrito pela organização como a “festa da palavra lida, escutada e contada”, o encontro decorre ao longo de quatro dias, entre o Jardim Público e outros espaços da cidade alentejana.

Com várias conferências agendadas sobre o universo da leitura, apresentação de livros, conversas sobre livros lidos, troca de experiências, a par de oficinas sobre várias formas de contar histórias e contos, leitura e escrita e até sobre as metas curriculares (direcionado para professores), as “Palavras Andarilhas” começam hoje, pelas 10h00, com um programa repleto de atividades.

Para as 11h30, está agendado o anúncio do Prémio Leitura pública Joaquim Figueira Mestre “Numa cidade acordada, uma biblioteca sem sono”, com indicação dos nomeados da primeira edição.

À tarde, pelas 14h30, começam as sessões de conto e conferências, que se prolongam pela noite dentro, sendo retomadas no dia seguinte, sexta-feira, logo a partir das 9h30, para continuarem até ao último dia.

Pelo meio, há que escolher entre as quase vinte oficinas agendadas, que têm geralmente a duração de seis horas. Se não quiser assistir às oficinas, há sempre algo a acontecer no âmbito do encontro, que conta também com vários espetáculos previstos.

O Festival de Narração Oral é um dos pontos altos da iniciativa, já que, aberto à comunidade em geral, recebe contadores dos quatro cantos do mundo, sendo um espaço de divulgação da narração nacional e internacional. Os contos em diferentes línguas, a música e a poesia cruzam-se nestas “noites mágicas”.

Embora o encerramento oficial das “Palavras Andarilhas” esteja previsto para as 24h00 de sábado, o domingo de manhã ainda propõe uma sessão com Luísa Ducla Soares à conversa com António Torrado e Maria Teresa Meireles, bem como, pelos “cantos e recantos” do Jardim Público, várias sessões de contos e leitura em voz alta de textos pelos narradores e mediadores de leitura presentes no encontro.

Michael Harvey, Jorge Serafim, Benita Prieto, Marina Colassanti, Elsa Serra, Rodolfo Castro, Quico Cadaval, Paulo Duarte, António Fontinha, Violante Magalhães, Miguel Horta ou Mafalda Milhões são alguns dos muitos oradores que vão passar pelo certame.

O programa completo do XII Palavras Andarilhas está disponível para consulta no site oficial.

Por Ângela Nobre no Litoral Alentejano
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