No primeiro dia de verão, os visitantes poderão assistir ao “julgamento de desordeiros castelhanos e à aplicação da sentença” em praça pública e ainda apreciar as iguarias e divertimentos da Feira, a partir do final da tarde.
Já no sábado, o momento alto do dia será o “Assalto ao Burgo de Fronteira”, com as tropas de Castela a pôr cerco junto às muralhas e os homens da vila a ripostar. Para desanuviar do combate, haverá tempo para danças e músicas medievais, jogos de destreza típicos da época e espetáculos com malabaristas e engolidores de fogo, bem como para comes e bebes em diversas tabernas.
A recriação da batalha propriamente dita acontecerá no domingo, pelas 15h00, na zona industrial de Fronteira, seguindo-se duas horas depois a chegada ao Burgo dos homens de D. Nuno Álvares Pereira e a celebração da vitória.
O evento, organizado pela Câmara Municipal de Fronteira em colaboração com a Viv’Arte – Companhia de Teatro, decorre no dia 21 a partir das 18h00. No sábado, a festa começa às 12h00 e uma hora mais cedo no domingo. A entrada é livre tanto na Feira Medieval como na recriação do episódio militar.
A Batalha de Atoleiros aconteceu a 6 de abril de 1384, no local pantanoso que lhe deu nome, entre Fronteira e Sousel. Graças à então inovadora tática do quadrado, D. Nuno Álvares Pereira levou de vencidos os castelhanos, que se apresentavam em muito maior número. Diz-se que entre as tropas portuguesas não se registaram nem mortos nem feridos, mas que o invasor sofreu pesadas baixas. Caiu, assim, por terra a invencibilidade de Castela e iniciou-se o processo de afirmação de Portugal que, com a crise de 1383/85, consagra a sua identidade como país.
Texto de Alexandra Gil