As Artes de Marisa Monte ao vivo no Coliseu dos Recreios

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Foi como se das cores nascessem sons, que davam lugar a formas, que por sua vez se transformavam em voz e palavras. A simbiose perfeita da cultura brasileira esteve no palco do Coliseu dos Recreios, em Lisboa, este fim de semana. Marisa Monte veio a Portugal apresentar o seu mais recente trabalho O Que Você Quer Saber de Verdade. Na bagagem trouxe trabalhos de artistas brasileiros contemporâneos que foram sendo projetados ora no fundo, ora à frente em cortina translúcida, criando uma moldura dinâmica da qual sobressaíam os músicos e a artista. Uma opção estética de valor que acrescentou valor a este espetáculo.

Com a casa cheia, no domingo, Marisa Monte entrou quinze minutos depois da hora marcada e começou com a suavidade de “O Que Você Quer Saber de Verdade” com a mensagem bem clara desta digressão projetada à sua frente, a letras rosa choque “Verdade, Uma Ilusão”. Primeira pausa, depois de “Descalço no Parque” para agradecer ao público “Eu queria começar dizendo que é uma alegria para mim estar aqui neste espaço magnífico onde somos recebidos com muito carinho” e bem a propósito segue-se “Arrepio” que, pelo menos em emoção, terá percorrido muitas das almas presentes numa reação ajustada ao doce timbre de voz que encheu o Coliseu.

“Depois” foi a música que despertou as vozes até aí embrenhadas no ambiente de magia criado. Continuou com “Amar Alguém”, “Diariamente” e “Infinito Particular” de ritmo quase tribal conduzido a palmas. “ECT” é a música imortalizada por Cássia Eller, a quem Marisa presta uma sentida homenagem e remata com uma frase que, pela ovação de palmas, tocou os presentes “Saudade não é quando a gente sente a falta de alguém, saudade é quando a gente sente a presença de alguém!”.

“Depois” foi a música que despertou as vozes até aí embrenhadas no ambiente de magia criado. Continuou com “Amar Alguém”, “Diariamente” e “Infinito Particular” de ritmo quase tribal conduzido a palmas. “ECT” é a música imortalizada por Cássia Eller, a quem Marisa presta uma sentida homenagem e remata com uma frase que, pela ovação de palmas, tocou os presentes “Saudade não é quando a gente sente a falta de alguém, saudade é quando a gente sente a presença de alguém!”.

“De Mais Ninguém”, “Beija Eu”, “Ainda “Bem”, “Gentileza”, “Eu Sei” foram outros temas que se fizeram ouvir. O momento karaoke da noite vai para “Sono Como Tu Vuoi”, versão do tema da famosa cantora italiana Mina Mazzini, que Mariza interpretou e o público pode cantar, seguindo as legendas projetadas.

Arrancar a plateia da melancolia em que às vezes parecia cair, não é tarefa difícil quando se tem trunfos como “Velha Infância”, tema dos Tribalistas, banda da qual Marisa Monte fez parte e que teve grande sucesso também por terras lusas.

O público recebe-a de pé, para o encore, em que apresenta uma versão acústica, muito simples de “Amor I Love you”. Em jeito de serenata, pede um voluntário para lhe recitar Eça de Queiróz e ao segundo candidato a parceria parecia estar selada!

A euforia tomou conta do Coliseu antes da despedida final com “Já Sei Namorar”, dos Tribalistas.

Embaixadora do seu país, Marisa Monte soube montar um espetáculo em que equilibrou a música com as artes plásticas. Saímos todos a ganhar!

Reportagem de Tânia Fernandes
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