António Chainho edita novo disco Entre Amigos

António Chainho lança dia 4 de outubro o seu novo disco Entre Amigos, desafio que lhe foi dado pela editora Art’orfeu Media; é uma coletânea que reúne as gravações que o artista foi fazendo com músicos e amigos com quem partilhou as últimas duas décadas da sua vida e carreira musical. Este disco é uma homenagem ao seu talento, quer como intérprete quer como compositor.

António Chainho começou a tocar guitarra portuguesa com apenas oito anos e estreou-se aos treze, acompanhando ao longo da sua carreira Lucília e Carlos do Carmo, Tony de Matos, António Mourão e Hermínia Silva. O seu desejo sempre foi compor peças para a guitarra portuguesa; neste CD, incluiu duas delas: “Variações” (ou Improviso em Mi) acompanhado pelo amigo e violista de longa data Fernando Alvim, e “Voando sobre o Alentejo” parceria com o amigo e músico Rão Kyao.

Do seu conhecido CD A Guitarra e Outras Mulheres, retirou as gravações que fez com artistas mulheres da música portuguesa como Teresa Salgueiro, Ana Sofia Varela, Marta Dias e Filipa Pais, mas também as já consagradas cantoras brasileiras Nina Miranda e Elba Ramalho.

Do CD Lisboa-Rio, representativo de uma nova experiência que António Chainho quis realizar entre a guitarra portuguesa e a música brasileira, o artista retirou para esta coletânea temas tocados e cantados por artistas como Armandinho, Dominguinhos, Ney Matogrosso, Jussara Silveira, Celso Fonseca e Paulinho Moska.

O tema “Pietá” foi pensado e criado tendo como intérprete o Camané, fadista que Chainho acompanhou desde o início da sua carreira. Já o tema “Vislumbre” teve a participação especial de Adriana Calcanhoto. Do seu último disco, Lisgoa, escolheu o tema “Beijo de Sal” com letra e interpretação de Isabel Noronha.

O artista define assim este seu novo trabalho: “Entre Amigos, este meu novo CD é, também para mim, e por tudo isto, a ponte musical que sem o saber fui construindo ao longo de anos entre Portugal e o Brasil com a guitarra portuguesa e com a ajuda de muitos músicos de um lado e do outro do Atlântico. É uma ponte musical, mas também da língua que nos une e, nunca é demais dizê-lo, da amizade. A amizade entre povos diferentes, sim, mas a amizade de uma mesma cultura.

Por muitos anos  a guitarra portuguesa esteve subjugada ao Fado. Era preciso libertá-la e eu penso que o consegui.”

José Luis Peixoto acrescenta sobre António Chainho: “O trabalho do Mestre António Chainho é feito deste sublime que transborda, é feito de Portugal e é feito daquilo que existe no centro mais profundo de cada um de nós. Como passageiros desta travessia, sentimo-nos gratos, sentimos necessidade de agradecer pela música e pelo mundo inteiro.”

Texto de Joana Resende
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