Por Amor Ao Pimba

Por Ana Filipa Correia (Texto e Fotos)

Deixem o Pimba em Paz

O amor por vezes pode ser kitsh, ou pimba, ou engraçado, ou tudo isso e cheio de música e ritmo. Animado. No dia dos namorados, um Coliseu cheio provou que o Pimba, como o amor, não é para ser deixado em paz.

No âmbito do festival Montepio Às vezes o amor, Bruno Nogueira e Manuela Azevedo levaram ao palco do Coliseu o espetáculo Deixem o Pimba em Paz, uma criação com já três anos mas que continua a entusiasmar o público que se juntou para cantar as músicas que tão bem conhecemos.

Com arranjos diferentes, com outro ritmo, mas com o mesmo empenho, acompanhados dos músicos Filipe Melo, Nuno Rafael e Nélson Cascais, Bruno Nogueira e Manuela Azevedo cantaram alguns dos temas mais conhecidos do chamado repertório pimba do cancioneiro português, intercalado com momentos de muito humor de Bruno Nogueira. E o público não os deixou ficar mal, juntando-se para cantar e aplaudir entusiasticamente.

E sendo dia dos namorados não faltaram as rosas, 24 rosas de José Malhoa, nem o clássico “Azar na Praia” (como é que eu hei-de), mas também a dor da traição – “Na Minha Cama Com Ela”. Os convidados ajudaram à festa, com Camané a entrar em directo a partir de Paris, a Capicua a juntar o rap a “Vem Devagar Emigrante”. Samuel Úria fez um dueto com Bruno Nogueira em “Mãe Querida” e António Zambujo juntou-se para a homenagem a todas as mulheres portuguesas com “A Bela Portuguesa” e ainda “Som de Cristal”.

Houve ainda uma homenagem ao instrumento maior da música popular portuguesa, o acordeão, tocado de uma forma muito peculiar: de um lado, Filipe Melo dedilhava as teclas como se de um piano se tratasse, do outro Bruno Nogueira manipulava o fole para fazer soar o instrumento. Manuela Azevedo juntou-se para dar voz ao Melhor dia para casar.

“Comunhão de Bens”, “És Tão Sensual”, “Já Não Sou Bebé”, “A Garagem da Vizinha”, “Não És Homem Pra Mim” foram alguns dos temas, pode-se mesmo dizer, clássicos que se ouviram na noite de ontem. De Marco Paulo, esteve presente “Ninguém, Ninguém” e, claro, “Taras e Manias”.

O encore trouxe-nos um medley de Quim Barreiros com “A Cabritinha”, “Pito Mau”, “A Padaria” e “Os Bichos da Fazenda”.

Se é para fazerem coisas destas, por favor, não deixem o pimba em paz!

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