“A Gaiola das Loucas” – um musical a não perder!

A Gaiola das Loucas celebrou dia 11 de Fevereiro, as 200 representações no Teatro Politeama, em Lisboa, numa noite que contou com uma plateia recheada de “convidadas especiais”, que animaram e coloriram a festa, da forma que só ela(e)s sabem fazer.

A comédia musical estreada em Novembro na capital transformou-se de forma quase automática num fenómeno de popularidade transversal a todas as gerações.

A peça é uma adaptação da história do autor Jean Poiret, e que conta já com várias adaptações aos palcos e ao grande ecrã  nas últimas décadas.

Desengane-se no entanto quem julga que esta é uma “versãozinha” portuguesa do que se já se fez lá por fora. Filipe lá Feria pegou no original e superou-o, elevou-o a um outro patamar que lhe garantiu rasgados elogios a nível nacional e internacional.

O brilho, a energia e a cor são constantes, arriscamo-nos mesmo a dizer que fará corar de vergonha vários musicais da Broadway.

José  Raposo, que interpreta a magnifica Zaza, e Carlos Quintas, o seu marido na peça, mostram que são actores de um elevado profissionalismo e classe, juntamente com Rita Ribeiro, Joel Branco, Helena Rocha, Hugo Rendas e Catarina Pereira, entre muitos outros actores, bailarinos e cantores.

Um espectáculo que nos faz rir, chorar, pensar, cantar e bater palmas até não poder mais. Absolutamente incontornável.

A história

Armando del Carlo e Carlos Alberto são proprietários de uma discoteca em Cascais “A Gaiola das Loucas”. Carlos Alberto é o mais prestigiado transformista português rivalizando com todas as “vedetas” marginais da nossa cidade. Armando Del Carlo tem um filho Ricardo, estudante universitário que está apaixonado por Barbara Alarcão, filha do Deputado portuense Arnaldo Alarcão, vice-presidente do Futebol Clube do Porto. A jovem Bárbara convence o seu pai conservador que Ricardo é filho de um Adido Cultural na Grécia. A família do Porto resolve ir a Lisboa conhecer a família do futuro genro o que obriga Armando del Carlo e o seu companheiro a passar por uma família tradicional e conservadora. As situações de equívoco sucedem-se num ritmo vertiginoso e hilariante nesta adaptação de La Féria à tradição das melhores comédias portuguesas: a rivalidade Porto/Lisboa, a actualidade do nosso meio, a dualidade Conservadores/liberais, a rivalidade dos clubes desportivos, na linha dos filmes portugueses dos anos 40 que alcançam ainda hoje as maiores audiências nas reposições da televisão.

Texto Rui Costa
Fotos Sara Santos

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