O júri do Prémio Camões distinguiu ontem, no Rio de Janeiro, o Prémio Camões 2013 ao escritor moçambicano Mia Couto.
O júri da 25.ª edição do Prémio Camões foi constituído por Clara Crabbé Rocha, professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa e José Carlos Vasconcelos, jornalista e diretor do JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias, ambos portugueses; João Paulo Borges Coelho, escritor e professor universitário, de Moçambique; José Eduardo Agualusa, escritor angolano; Alcir Pécora, crítico e professor da Universidade de Campinas e Alberto da Costa e Silva, embaixador e membro da Academia Brasileira de Letras, ambos brasileiros.
Mia Couto nasceu em Moçambique em 1955 e publicou os seus primeiros poemas no Notícias da Beira, com apenas 14 anos. A partir de 1974, começou a fazer jornalismo. Durante a década de oitenta publicou os seus primeiros livros de contos. Em 1992, publicou o seu primeiro romance, Terra Sonâmbula.
Em 1999 foi vencedor do prémio Vergílio Ferreira. Em 2001, recebeu também o Prémio Literário Mário António (que distingue obras e autores dos países africanos lusófonos e de Timor-Leste) atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian. Em 2007 recebeu o Prémio União Latina de Literaturas Românicas e no ano passado, o Prémio Eduardo Lourenço.
Mia Couto tornou-se num dos nomes moçambicanos mais traduzidos nomeadamente para espanhol, francês, italiano, alemão, sueco, norueguês e holandês, entre outras.
O Prémio Camões foi instituído por Portugal e pelo Brasil em 1989 e pretende consagrar todos os anos um autor de língua portuguesa que tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum.
Texto de Joana Resende